Património

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Com uma história secular, que assume maior expressão a partir da época medieval, Aveiro construiu uma identidade própria que tem reflexos no seu património edificado.

O núcleo urbano mais antigo e consolidado da cidade desenvolveu-se em torno da medieval Igreja de São Miguel que era, então, a Igreja Matriz e que estava implantada no local onde atualmente se situa a Praça da Republica. Ainda perduram neste núcleo urbano algumas casas seiscentistas, de onde sobressai a Igreja da Misericórdia e suas dependências, uma das primeiras a ser fundada em Portugal.

No que ao património religioso diz respeito, assumem particular destaque o Cruzeiro de São Domingos [séc. XV] e as Igrejas de Jesus [séc. XV], de São João Evangelista das Carmelitas [séc. XVII], de Santo António [XVI] e da Ordem Terceira de São Francisco [XVII], cuja classificação como Monumentos Nacionais reforça o seu grau de autenticidade e de exemplaridade.

Na transição do século XIX para o século XX, a emergência de uma classe burguesa, endinheirada e esclarecida, adopta as grandes correntes artísticas que dominavam na Europa construindo habitações ao gosto Arte Nova. Jaime Inácio dos Santos, Ernesto Korrodi, José de Pinho ou Francisco Augusto da Silva Rocha são autores de alguns dos mais bonitos exemplares existentes na cidade de Aveiro, projetando fachadas de cores vivas e linhas curvilíneas, em pedra e ferro forjado.

Em Aveiro, este movimento artístico assumiu maior expresso através da azulejaria de fachada, reflexos da tradição oleira da região, que teve na Fábrica da Fonte Nova e nos pintores Licínio Pinto e Francisco Pereira os seus expoentes máximos.

A riqueza e diversidade do património histórico da cidade de Aveiro convive, hoje, com alguns dos mais notáveis exemplares de arquitetura contemporânea, que têm no perímetro da Universidade de Aveiro o exemplo maior. Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura ou Alcino Soutinho figuram entre o rol de arquitetos que deram forma e genialidade ao campus universitário.